segunda-feira, 24 de outubro de 2011

TERAPIA DO RISO

O que acontece com o nosso corpo quando damos "aquela boa gargalhada?"

Cérebro: O hipotálamo, centro de controle situado na base do cérebro, libera do organismo endorfina, com propriedades analgésicas e calmantes.


Nariz e garganta: O ar proveniente dos pulmões bate nas cordas vocais, que emitem sons incoerentes.As glândulas salivares e lacrimais aceleram sua produção e se descontrolam.

Rosto: Os músculos do rosto se contraem, especialmente o risório e o zigomáricol A tensão deste último pode dar uma aparência enganosa de sofrimento.

Coração: Bate mais rápido. Após terem se estreitado, as artérias se dilatam, provocando uma sensação de bem-estar.

Tórax: Os pulmões expelem enormes quantidades de ar, a grande velocidade.

Diafragma: Ele move-se, provocando fortes espasmos respiratórios em toda a caixa torácica.

Ventre: Os músculos abdominais se contraem com força, o que é bom para a vesícula. Ás vezes, o esfincter se relaxa, ocasionando uma desagradável incontinência urinária.

Pernas: Os músculos se relaxam e a pessoa se curva de tanto rir.

Pés: Até os dedos dos pés se agitam.

UM CHOQUE LIBERTADOR
Em alguns segundos, o riso sacode o corpo dos pés à cabeça. O riso exercita e relaxa a maior parte dos músculos, incluindo o coração, as artérias e os pulmões. O baço, por sua vez, é uma das poucas partes do corpo não alcançadas pela comoção provocada pelo riso.


ENTÃO SORRIAAAA!!! 
PORQUE RIR É O MELHOR REMÉDIO.
 

Fonte: OLIVEIRA, Roszigraci Simões. Especialistas do Riso- Arte e Humanização Hospitalar.
Universidade Federal do Espírito Santo - UFES / Vitória, ES - Janeiro/2000
Biblioteca Setorial do Centro de Artes/UFE

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A palavra do especialista sobre Endometriose

Dr. Mauricio Simões Abrão, presidente da SBE
(Associação Brasileira de Endometriose)
  • “O Brasil tem sido pioneiro em vários estudos que levantam questões relacionadas à endometriose.”
  • “Este é um problema importantíssimo em termos de dor e infertilidade, sendo a principal causa de infertilidade na mulher.”
  • “As primeiras teorias sobre este problemas têm aproximadamente 100 anos.”
  • “Em 1920, um autor americano cogitou a possibilidade de que quando a mulher menstrua poderia voltar um pouco de menstruação pelas trompas uterinas, levando o endométrio para a cavidade abdominal. Isso, que ele chamou na época de menstruação retrógrada, era uma justificativa importante. O fato é que hoje se sabe que mulheres podem ter menstruação retrógrada, mas só algumas desenvolvem endometriose.”
  • “Estima-se que de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva – que vai da primeira à última menstruação – podem desenvolver essa doença. Em função da divergência, entre o número de pessoas que fazem a menstruação retrógrada ser maior do que o número de pessoas que desenvolve a doença em si, é que várias e outras teorias surgiram para justificar esse tipo de problema.”
  • “Apenas em 1980, uma teoria surgiu para dizer que a mulher desenvolve endometriose devido a uma disfunção imunológica. Por trás da disfunção imunológica há, inegavelmente, o stress.”

  • “Hoje, entende-se que existem mais casos de endometriose porque a mulher menstrua mais – porque retarda a maternidade e tem menos filhos – e são mais estressadas. No século passado, a mulher menstruava cerca de 40 vezes. Hoje as mulheres têm, em média, 400 menstruações.”  
  • “O diagnóstico preciso dessa doença se faz através de uma intervenção chamada laparoscopia. A laparoscopia é um procedimento onde fazemos pequenas incisões, com a paciente anestesiada em centro cirúrgico. Colocamos uma câmera conectada a um vídeo para enxergarmos o problema. Aproveitamos a intervenção para já tratar a doença, cauterizando os focos.”
  • “A média de idade de diagnóstico é aos 36 anos, mas é um equívoco achar que a mulher só terá endometriose nesse período. Não podemos menosprezar os sintomas.”
  • “Não existe fator racial que determine se a mulher terá endometriose ou não, mas há um fator socioeconômico e cultural associado à endometriose. Em um estudo no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP identificamos que mulheres com um grau de instrução maior tendem a desenvolver mais endometriose que as que têm um grau de instrução menor.”
  • “Os seis principais sintomas da endometriose são: cólica menstrual, muitas vezes incapacitante, dor na relação sexual, dor entre as menstruações, alterações intestinais, alterações urinárias durante a menstruação e infertilidade.”

Entendendo a Andometriose

O QUE É ENDOMETRIOSE?

A endometriose é a presença de tecido semelhante àquele que reveste o interior do útero (endométrio) em outros locais do útero, ligamentos, em outros órgãos da pelve, abdome ou mesmo outras regiões do corpo.
Assim como o endométrio, os focos de endometriose reagem ao estímulo dos hormônios sexuais femininos. Por isso, eles aumentam de tamanho e podem até sangrar no período da menstruação.
                                                                                                                                         Pontos prováveis para instalação/ presença da endometriose.
A ENDOMETRIOSE É COMUM?
Embora você possa nunca ter ouvido falar dela, considera-se que a endometriose afete 1 em cada 10 mulheres em idade reprodutiva.
Para cada 5 mulheres com dificuldade de engravidar, 2 tem endometriose.
Caso sua mãe ou irmãs sofram de endometriose, é 7x maior a chance de você também ter este problema.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

O mais comum é a dor, podendo ser cíclica, relacionada ao ciclo menstrual, ou contínua. Esta ocorre, em geral, na parte inferior do abdome e na pelve e pode fazer com que a relação sexual seja dolorosa. Este sintoma começa, geralmente, antes do início da mesntruação, tornando-se progressivamente maior até o início do sangramento e diminuindo gradativamente após. A dor crônica pode tornar-se tão intensa que, em alguns casos, deixa a mulher incapaz de realizar suas atividades do dia a dia. Se a endometriose estiver localizada na bexiga ou no intestino, pode causar sintomas urinários ou intestinais durante a menstruação, como por exemplo, dor ao urinar ou diarreia.
Infelizmente, muitas mulheres sofrem em silêncio, acreditando que seus sintomas sejam normais. Outras não apresenta sintomas.

O QUE CAUSA ENDOMETRIOSE?
Embora ninguém saiba ao certo como a endometriose ocorre, há várias teorias prováveis para seu desenvolvimento.
Uma delas é o fluxo menstrual, que consiste em partes do tecido endometrial que, ao se desprenderem durante a menstruação, são levados para o abdome através das tubas uterinas e transformam-se em áreas de endometriose sob a influência das oscilações hormonais do ciclo menstrual (veja na figura acima os pontos prováveis para instalação).
Outras teorias são: Causa genética, imunidade e estresse.

A endometriose não é uma doença transmissível e não há como prevenir seu aparecimento.
Caso você tenha algum dos sintomas descritos aqui, deve consultar seu médico (Ginecologista).

COMO É DIAGNOSTICADA?
O diagnóstico no caso de suspeita da endometriose é feito por meio da história clínica, exame físico, ultrassom, exame ginecológico, dosagem de marcadores e outros exames laboratoriais, provavelmente será realizada uma operação denominada laparoscopia, que permiti ao médico examinar a parte externa do útero e os órgãos abdominais vizinhos a ele. A endometriose aparece como "manchas" pretas ou vermelhas na superfície dos órgãos. Algumas vezes ela pode causar o aparecimento de cisto nos ovários.

A ENDOMETRIOSE AFETA AS MINHAS CHANCES DE ENGRAVIDAR?
É frequentemente encontrada em mulheres que não tenham obtido sucesso em engravidar. Porém, a presença da doença não significa infertilidade.
Cerca de 50% das mulheres portadoras de endometriose apresentam dificuldade de engravidar. É importante conversar com o médico a respeito do desejo de gravidez.
Mesmo na presença de pequena quantidade de endometriose, e quando aparentemente os outros órgãos estão normais, pode ocorrer dificuldade no transporte ou na fertilização dos óvulos liberados pelos ovários.
Nos casos mais graves, a liberação dos ovários pode ser comprometida ou as tubas uterinas podem estar bloqueadas.

Por meio do diálogo, o médico será capaz de recomendar o tratamento mais adequado, afim de melhorar as chances de engravidar.

COMO  A ENDOMETRIOSE É TRATADA?
Existem duas maneiras de tratar a endometriose:
  • Cirurgia;
  • Tratamento medicamentoso.
A escolha do tratamento deve levar em consideração efeitos colaterais e o que se espera obter com ele. Os objetivos do tratamento são melhorar a qualidade de vida por meio do alívio dos sintomas e melhorar a fertilidade, caso haja desejo de engravidar.

Tratamento cirúrgico:

Uma opção de tratamento é a remoção cirurgica da doença. Esse procedimento pode envolver somente a remoção dos focos de endometriose ou a remoção de algum órgão, ou parte dele, dependendo da gravidade da doença.Algumas vezes, a cirurgia pode ser empregada na solução de complicações ocasionadas pela doença, como aderências ou cistos ovarianos. Existem, atualmente, algumas novas opções de tratamento, como, por exemplo, o tratamento com laser por laparoscopia. O tratamento dependerá de vários fatores, podendo envolver remédios e/ou procedimentos. 
Somente o médico poderá conversar sobre opção e indicar que é mais apropriado.

Tratamento medicamentoso:

As alterações hormonais do ciclo menstrual exercem influência sobre o tecido da endometriose. Os medicamentos usados no tratamento visam, em geral, bloquear a atuação desses hormônios, interrompendo o estímulo que faz com que a endometriose cresça a cada mês. Isso pode proporcionar alívio  duradouro dos sintomas.Estes medicamentos atuam por várias vias e, embora tragam, em geral, bons resultados e sejam bem tolerados, podem causar efeitos colaterais em algumas mulheres.

O QUE PODE SER FEITO PARA AJUDAR?
Além dos tratamentos prescritos, algumas mulheres acreditam que um banho quente ou técnicas de relaxamento possam amenizar a dor. Exercícios físicos também ajudam a aliviá-la. É importante que um médico seja consultado.
Não há vergonha nenhuma em falar com o médico sobre os sintomas da endometriose.

"Lembre-se: periodos menstruais dolorosos não são normais."

Espero que esta postagem tenha auxiliado no esclarecimento desta doença.
O ginecologista é a pessoa mais indicada para explicar melhor sobre este assunto. 
Muitas mulheres com endometriose consideram de grande ajuda dividir suas experiências com outras que também tenham a doença.

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