sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Câncer


O que é câncer e quais são alguns de seus tipos mais comuns?
O corpo humano contém trilhões de células agrupadas para formarem tecidos e órgãos. A maioria das células normais crescem, se reproduzem e morrem em reposta a sinais externos e internos do organismo. Se esses processos ocorrem de modo equilibrado e de forma ordenada, o corpo permanece saudável executando suas funções normais. No entanto, uma célula normal pode sofrer uma alteração no material genético (DNA), passando a ser uma célula mutada. Se não for combatida pelo próprio organismo, pode se dividir de maneira desordenada e dar origem a um tumor ouneoplasia. Quando essas células passam a invadir outros tecidos e órgãos são denominadas malignas ou cancerosas.
Câncer, portanto, é o nome dado a um grupo de mais de 200 doenças que se caracterizam pela divisão celular desordenada e pela capacidade que estas células, que sofreram modificações em seu material genético, têm de invadir tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para diversas regiões do corpo.
Dividindo-se rapidamente, tais células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de neoplasias malignas, também chamadas de tumores malignos, que adquirem a capacidade de migrar, via circulação sanguínea ou linfática, e de se desenvolver em outros órgãos, muitas vezes, distantes do seu local de origem. Esse último processo dá origem às metástases, um importante obstáculo ao controle do câncer.
Os cânceres são divididos de acordo com o tecido em que a doença se desenvolve primeiramente: carcinomassarcomaslinfomas e leucemias.
O tratamento dependerá do tipo de câncer presente e do grau de estadiamento (invasão). Quanto mais cedo for diagnosticado, menos agressivo o tratamento e maior a probabilidade de cura. Por isso é tão importante fazer os exames de prevenção recomendados para cada caso, para que se possa detectar a doença ainda na sua fase inicial, não invasiva, e erradicar totalmente a doença. Vale lembrar que o câncer não é uma doença transmissível mesmo nos contatos interpessoais mais íntimos e que sua prevenção também está relacionada a uma vida saudável, com boa alimentação, prática de exercícios, proteção contra o sol e sem cigarro - comprovadamente um dos principais vilões em diversos tipos da doença.
Incidência no Brasil
De acordo com os dados publicados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), na pesquisa “Estimativa 2008: Incidência de Câncer no Brasil”, atualizada a cada dois anos, o câncer é a segunda causa de morte mais freqüente no país.
No Brasil, as estimativas para o ano de 2008 e 2009 apontam que serão 466.730 novos casos de câncer por ano. O tipo de maior incidência é o câncer de pele do tipo não-melanoma (115 mil casos novos), seguido pelos tumores de próstata (49 mil), mama feminina (49 mil), pulmão (27 mil), cólon e reto (27 mil), estômago (22 mil) e colo do útero (19 mil).
São esperados 231.860 casos novos em homens e 234.870 em mulheres. De maneira geral, as regiões Sul e Sudeste apresentam as maiores taxas, enquanto que as regiões Norte e Nordeste, as menores incidências.
Os tumores de maior incidência no sexo masculino são o câncer de pele não melanoma (56 mil casos novos), próstata (49 mil), pulmão (18 mil), estômago (14 mil) e cólon e reto (12 mil). E Para o sexo feminino destacam-se os tumores de pele não-melanoma (59 mil casos novos), mama (49 mil), colo do útero (19 mil), cólon e reto (14 mil) e pulmão (9 mil).
Incidência no mundo
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, em 2005, de um total de 58 milhões de mortes ocorridas no mundo, o câncer foi responsável por 7,6 milhões, o que representa 13% de todas as mortes. Os tipos de câncer com maior mortalidade foram: pulmão (1,3 milhão); estômago (cerca de 1 milhão); fígado (662 mil); cólon (655 mil); mama (502 mil). Do total de óbitos por câncer ocorridos em 2005, mais de 70% ocorreram em países de média ou baixa renda (WHO, 2006). Estima-se que em 2020 o número de casos novos anuais seja da ordem de 15 milhões. Cerca de 60% destes novos casos ocorrerão em países em desenvolvimento.

Câncer de Boca

O câncer de boca pode se desenvolver no lábio, principalmente no inferior, e na cavidade oral, que abrange língua, gengivas, assoalho bucal (embaixo da língua), mucosa oral (parte interna das bochechas) e o palato duro (céu da boca).
O cigarro é o principal causador do câncer de boca e os riscos aumentam ainda mais quando o fumante também exagera na bebida alcoólica. Agressões constantes, exposição intensa ao sol, queimaduras em geral, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal ajustadas são outros fatores que podem levar ao desenvolvimento deste tipo da doença, que geralmente incide em pessoas acima dos 40 anos.
O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma ou duas semanas. Pode ocorrer também o aparecimento de ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores, que podem causar sangramento e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de caroço no pescoço são sinais de câncer de boca em estágio avançado.
Quando o tumor está visível, seu diagnóstico é feito por meio de uma biópsia. Para medir o avanço desse câncer, utiliza-se a tomografia, ressonância magnética e a ultra-sonografia, que verificam os tecidos/órgãos e/ou linfonodos (gânglios) atingidos.
O tratamento de câncer de boca geralmente envolve cirurgia e/ou radioterapia. Para indicar o procedimento adequado, o médico deve analisar se as lesões são iniciais ou se já apresentam disseminação para gânglios linfáticos do pescoço ou para outras regiões do corpo. No primeiro caso, tanto a cirurgia quanto a radioterapia, dependendo da localização de cada tumor, apresentam bons resultados, atingindo uma curabilidade de 80%. Nos casos mais avançados, em que a cirurgia não é possível, utiliza-se a quimioterapia associada à radioterapia.
Pessoas com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta ao dentista anualmente. Uma dieta saudável, rica em vegetais, legumes e frutas também ajuda na prevenção. Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa).

Câncer de Colo do Útero

É um tumor que se desenvolve na parte inicial do útero (colo), voltada para a vagina. Geralmente seu crescimento é lento e previsível, o que possibilita o diagnóstico precoce. Quando não detectado, o câncer pode se infiltrar no colo, invadindo o útero, a vagina e os gânglios linfáticos, por onde células cancerosas podem entrar na circulação linfática e migrar para outras partes do corpo.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, os principais fatores de risco estão associados às baixas condições sócio-econômicas (que além de retardar o diagnóstico, impedem o tratamento adequado e precoce), ao início precoce da atividade sexual, à multiplicidade de parceiros sexuais e ao tabagismo.. Estudos recentes mostram ainda que o vírus do papiloma humano (HPV) está presente em quase 100% dos casos de câncer do colo do útero. Por isso, uma das formas de prevenir a doença é a prática do sexo seguro.
Além disso, toda mulher em atividade sexual, especialmente com idade entre 25 e 59 anos, deve fazer o exame preventivo periódico, o Papanicolau.
A extensão da doença é fator determinante para a escolha do tipo de tratamento. Quando o tumor está restrito à região cervical (porção da coluna que forma o pescoço), a cirurgia aliada à radioterapia, leva à cura na maioria dos casos. Também pode ser utilizada a braquiterapia (radioterapia do colo, por via vaginal) Em casos mais graves, se faz necessária a remoção do útero e dos ovários

Câncer de Intestino ou Cólon e Reto

São tumores que atingem o cólon (intestino grosso) e o reto. Incide em homens e mulheres na mesma proporção. Diagnosticado precocemente é curável em 75% dos casos.
Entre os fatores de risco estão:
  • Idade acima de 50 anos
  • Histórico familiar de câncer de cólon e reto
  • Dieta com alto conteúdo de gordura, carne e baixo teor de cálcio e fibras
  • Obesidade e sedentarismo
  • Doenças inflamatórias do cólon como retocolite ulcerativa crônica e Doença de Cronh
  • Doenças hereditárias como a Polipose Adenomatosa Familiar (FAP).
Uma dieta saudável, rica em frutas, vegetais, fibras, cálcio e pobre em gorduras animais, e a prática de exercícios físicos são as principais medidas preventivas contra esse tipo de câncer.
Os principais sintomas são fezes com sangue,, anemia de origem indeterminada, emagrecimento acentuado, dor abdominal, massa abdominal, constipação, diarréia, náuseas, vômitos e fraqueza.
A cirurgia para retirada da parte do intestino afetada e dos linfonodos próximos a esta região é o tratamento mais recorrente para esse tipo da doença. Após o tratamento cirúrgico, a radioterapia associada ou não à quimioterapia é utilizada para diminuir a possibilidade da volta do tumor.

Câncer de Estômago

Também conhecido como câncer gástrico, o câncer de estômago tem como fator de risco preponderante, além do tabagismo, uma alimentação pobre em vitamina A e C, carnes e peixes, ou ainda com um alto consumo de nitrato, alimentos defumados, enlatados, com corantes ou conservados no sal. A má conservação dos alimentos e a ingestão de água com alta concentração de nitrato também estão relacionados com a incidência do câncer de estômago.
A anemia perniciosa (deficiência de vitamina B12), as lesões pré-cancerosas como a gastrite atrófica e metaplasia (transformação do tecido) intestinal e as infecções gástricas pela bactéria Helicobacter pylori também podem ter relações com o aparecimento da doença. Pessoas fumantes, que ingerem bebidas alcoólicas ou que já tenham sido submetidas a operações no estômago também têm maior probabilidade de desenvolver este tipo de câncer.
Por isso, para prevenir o câncer de estômago é fundamental manter uma dieta balanceada composta de vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em fibras. Além disso, é importante o combate ao tabagismo e diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas.
O câncer de estômago não apresenta sintomas específicos, porém, perda de peso, fadiga, sensação de plenitude gástrica, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente podem indicar uma doença benigna ou mesmo o desenvolvimento de um câncer. Massa palpável na parte superior do abdômen, aumento do tamanho do fígado e presença de linfonodo (íngua) na região inferior do pescoço indicam o estágio avançado da doença.
Cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago são homens com mais de 50 anos. Em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Inglaterra, houve um declínio da incidência do câncer gástrico, mas países da América Latina, como Costa Rica, Chile e Colômbia, ainda apresentam alta taxa de mortalidade. O maior número de casos de câncer de estômago ocorre no Japão, cerca de 780 casos por 100.000 habitantes. Não se sabe ao certo o motivo, mas estudos apontam o tipo de alimentação como uma das causas desta alta incidência.
A cirurgia é a principal alternativa terapêutica para o câncer de estômago. A radioterapia e a quimioterapia são considerados tratamentos secundários que, associados à cirurgia, podem determinar melhor resposta ao tratamento.

Câncer Infantil

Embora o câncer não seja muito comum em crianças, é a terceira maior causa de morte infantil atrás apenas de acidentes e doenças infecciosas. Suas causas são desconhecidas, mas sabe-se que, de maneira geral, as crianças não herdam ou nascem com câncer. De acordo com recomendações do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), os pais devem ficar alerta para os seguintes sintomas:
  • Febre prolongada
  • Hematomas e manchas roxas sem que a criança tenha se ferido
  • Anemia aguda
  • Aumento dos gânglios (ínguas), com ou sem dor no local
  • Dor e inchaço nas articulações (juntas)
  • Dores que fazem a criança parar de brincar ou acordar à noite
  • Dor constante em uma das pernas ou braços, com ou sem inchaço e vermelhidão
  • Dor de cabeça freqüente, principalmente de manhã ou acompanhada de vômitos
  • Perda do equilíbrio
  • Inchaço na barriga
  • Nódulos que se palpa na barriga, com ou sem dor
  • Reflexo branco na pupila, quando é tirada fotografia com flash
  • Sangue na urina
  • Pressão alta
  • Aumento do escroto ou endurecimento de um dos testículos
Quando diagnosticado na fase inicial, o câncer infantil pode ser curado em cerca de 70% dos casos.

Câncer de Laringe ou de Garganta

Esse tipo de câncer engloba as cordas vocais, onde se localiza a maior parte dos tumores, e a laringe supraglótica, isto é, acima das cordas vocais.
O câncer de laringe é responsável por aproximadamente 25% dos cânceres que atingem a região da cabeça e do pescoço e, assim como no câncer de boca, os fatores de risco que mais se destacam são o tabagismo e o alcoolismo.
Seu principal sintoma é alteração na voz, a rouquidão. Nas lesões avançadas, o paciente costuma sentir dor, dificuldade em engolir e sensação de “caroço na garganta”. Também em estágios mais avançados da doença, o tumor pode bloquear a passagem de ar, fazendo com que o paciente tenha dificuldade para respirar.
Para diagnosticá-lo é necessário realizar uma laringoscopia, exame feito com anestesia tópica. O procedimento é realizado pela boca, com o paciente sentado, o que permite ver detalhadamente as estruturas da laringe.
Inicialmente, a principal forma de tratamento é a retirada cirúrgica, e algumas vezes apenas essa cirurgia basta. Posteriormente o paciente é encaminhado para tratamento com quimioterapia ou radioterapia
Muitos pacientes apresentam dificuldades de deglutição e, por isso, recomenda-se que sejam acompanhados pelo médico e por um nutricionista.

Câncer de Mama

É o mais freqüente entre mulheres nas regiões sul e sudeste do Brasil, excluindo o câncer de pele não-melanoma. Alguns fatores ajudam a explicar essa alta incidência. Além dos antecedentes familiares, adiamento da primeira gestação, administração de hormônios por vários anos, após a menopausa, tabagismo e alcoolismo crescentes entre as mulheres.
O diagnóstico começa com a observação de qualquer alteração nas mamas, como aparecimento de nódulo ou endurecimento da mama ou embaixo do braço; mudança no tamanho ou no formado da mama; alteração na coloração ou na sensibilidade da pele da mama ou da auréola; secreção contínua por um dos ductos; retração da pele da mama ou do mamilo (papila); inchaço significativo ou distorção da pele.
Quando detectado precocemente, principalmente quando o câncer ainda não se espalhou por outros tecidos e órgãos, a possibilidade de cura é muito grande e o tratamento muito menos agressivo. Nesse sentido, mulheres acima de 40 anos devem fazer anualmente exames de mamografia associada à ultrassonografia. A mamografia permite que o diagnóstico seja feito antes que o tumor torne-se palpável, o que permite que a mama seja preservada e só o local comprometido seja retirado (sectorectomia). O auto-exame também auxilia a detectar o câncer precocemente, com possibilidade de retirada do tumor mesmo sem remover a mama. Por isso, os médicos recomendam que as mulheres apalpem e observem rotineiramente as mamas. Caso haja alguma alteração, um médico deverá ser imediatamente consultado.
Os dois tipos mais freqüentes do câncer de mama são: o carcinoma, que se forma nos ductos, que levam o leite dos lóbulos para o mamilo, e o sarcoma, que se desenvolve nos tecidos de sustentação.
O câncer de mama pode ser tratado por meio de radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal ou cirurgia. Dependendo das necessidades de cada paciente, o médico poderá optar por um ou pela combinação de dois ou mais métodos. No caso da necessidade de se retirar a mama (mastectomia), os médicos recomendam a cirurgia plástica de reconstrução, um direito da paciente.

Câncer de Ovário

Embora sua incidência seja menor que a do câncer de mama e de colo do útero, trata-se do câncer ginecológico com maior índice de mortalidade, pois cerca de 70% a 80% dos casos de câncer de ovário são descobertos já em estágio avançado, quando aparecem os primeiros sintomas: dor e inchaço no abdômen, náusea e sangramento.
O antecedente genético é um fator de risco em cerca de 10% dos casos diagnosticados de câncer de ovário, mas nos 90% de casos restantes não se sabe exatamente o que leva a mulher a desenvolver esse tipo da doença. O que se sabe é que quanto maior o período fértil da mulher (período entre a primeira e a última menstruação) maior o risco de incidência.
O exame de ultra-sonografia é capaz de detectar se existem ou não alterações nos ovários. Os cistos que frequentemente aparecem nos ovários são benignos (com raras exceções), enquanto tumores sólidos necessitam de investigação para afastar uma lesão maligna.
O diagnóstico também pode ser feito por meio da análise da presença de marcadores tumorais no sangue da paciente, como o CA 125, o CEA ou o beta-HCG. A desvantagem dos marcadores é que eles podem apresentar variações em seus resultados ou não indicar a presença de tumor quando este se encontra em estágio inicial.
O tratamento mais utilizado contra o câncer de ovário é sua retirada cirúrgica, acompanhada de quimioterapia.

Câncer de Pele

O câncer de pele do tipo não-melanoma é o de maior incidência no Brasil. Ocorre por conta do desenvolvimento anormal das células da pele, que se multiplicam repetidamente até formarem um tumor. Já o melanoma, apesar de menos freqüente (4% a 5% dos casos), é muito mais perigoso, respondendo por 20% dos casos de morte devido ao câncer de pele.
Os principais sintomas deste tipo da doença são: manchas que coçam, ardem, escamam ou sangram; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; feridas que não cicatrizam em quatro semanas; mudança na textura da pele ou dor.
A radiação ultravioleta (presente nos raios solares e nas cabines de bronzeamento artificial) é a principal responsável pelo desenvolvimento do câncer da pele, pois esses raios danificam o DNA das células da pele. É importante lembrar que o efeito da radiação ultravioleta é cumulativa, ou seja, mesmo depois de parar de se expor ao sol, as alterações da pele podem se manifestar anos depois. Por isso é importante evitar a exposição solar prolongada, principalmente nos horários entre 10 e 15 horas, e aplicar protetor solar mesmo nos dias nublados.
Além da exposição prolongada aos raios solares, pessoas que apresentam histórico familiar de câncer de pele, pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros têm maior propensão a desenvolver a doença.
Quando detectado precocemente, o câncer de pele tem cura. O principal tipo de tratamento é a cirurgia, seguida pela radioterapia.
Leia Mais: Câncer de Pele – Auto-Exame
Os efeitos dos raios solares são cumulativos e decorrentes da exposição crônica ao sol desde a infância. Além do uso diário de protetor solar, é importante fazer uma auto-avaliação regular da pele para detectar precocemente qualquer lesão que possa sugerir um câncer da pele. Alguns sinais que merecem atenção:
  • Um crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida.
  • Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho.
  • Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Confira abaixo como fazer um auto-exame da pele. Ao perceber qualquer sinal ou mancha, procure um dermatologista.
Método para realização do auto-exame:
  • Observe se rosto, especialmente o nariz, lábios, boca e orelhas. Observe em seguida o couro cabeludo e o pescfoço em toda sua extensão.
  • Cheque suas mãos com cuidado, incluindo os dedos e debaixo das unhas, checando os antebraços e braços em toda sua extensão.
  • Observe seu tórax. Se você é mulher, examine as mamas incluindo a região inferior.
  • Para observar as costas, use um espelho de mão refletindo sua imagem em um espelho maior. Faça uma exploração completa descendo da altura do pescoço até a região lombar (parte inferior das costas).
  • Continue observando atentamente das coxas até os pés. Sente-se ao final e examine com cuidados os pés incluindo os dedos, as unhas e a região plantar (sola dos pés). Finalmente observe a área genital com o auxílio do espelho de mão.
Fonte:
  • Prof. Dr. Jayme de Oliveira Filho 
    www.sbd.org.br

Câncer de Pele - Melanoma

O melanoma é um tipo de câncer de pele extremamente agressivo que, ao contrário dos carcinomas (maioria dos cânceres de pele), não se desenvolve na superfície, mas sim em camadas mais profundas - no melanócito (célula que produz a melanina ou pigmento da pele).
Apesar de estar relacionado com a radiação solar, já que atinge células que se mobilizam quando o indivíduo se expõe ao sol, não há nenhuma prevenção específica contra este tipo da doença. As últimas pesquisas sobre o tema comprovaram que ainda não foi desenvolvido um filtro solar capaz de proteger totalmente contra esse tipo de câncer.
Além da exposição à irradiação solar, a proliferação do melanoma está intimamente relacionada a fatores imunológicos, ou seja, geralmente se manifesta quando o organismo está debilitado.
O melanoma apresenta alta incidência de metástases, principalmente em órgãos nobres como pulmão, fígado e cérebro. De difícil tratamento, esse tipo da doença não responde bem à quimioterapia, por isso o tratamento mais utilizado é a imunoterapia.
Leia Mais: Câncer de Pele – Melanoma – Regra do ABCD
É muito importante que você saiba a diferença entre um sinal "inofensivo" e um melanoma (tipo maligno de câncer da pele). Manchas congênitas (que nascem conosco) e pintas que merecem atenção especial. Os sinais abaixo podem caracterizar, dependendo do seu padrão, im câncer da pele. Por isso, é fundamental fazer o auto-exame periodicamente e prestar atenção em eventuais mudanças dos sinais. Veja abaixo as diferenças de aparência, cor, forma e tamanho entre os sinais benignos e malignos (possivelmente um melanoma).
A - Assimetria:
Alguns melanomas malignos são assimétricos no estágio precoce. Já os sinais inofensivos são redondos e simétricos.
B - Borda: 
Normalmente, os melanomas malignos apresentam bordas irregulares. Os sinais comuns, pelo contrário, têm bordas lisas e regulares.
C - Cor: 
Tons que variam entre castanho escuro e preto são, geralmente, o primeiro indício de um melanoma maligno. Os sinais benignos apresentam, na maioria das vezes, só um tom de castanho.
D - Diâmetro: 
O melanoma maligno tem muitas vezes, um diâmetro superior a 6mm. Os sinais, na maioria dos casos, não passam de 6mm (dimensões de uma borracha de lápis).
Fonte:
  • Prof. Dr. Jayme de Oliveira Filho 
    www.sbd.org.br

Câncer de Próstata

As causas do câncer da próstata são ainda ignoradas, mas sabe-se que alguns homens têm maior predisposição a desenvolver o problema. A chance é maior quando existem casos familiares. Obesidade, vasectomia e excesso de atividade sexual, lembrados como possíveis causadores do câncer da próstata, parecem não ter qualquer vínculo com o surgimento da doença.
O câncer da próstata é curável em 70% a 90% dos pacientes quando identificado nas fases iniciais. Quando o câncer se expande e atinge tecidos vizinhos ou se alastra pelo organismo só é controlado em 30% a 40% dos pacientes. Isso explica os esforços dos especialistas para identificar precocemente a doença.
Urologistas recomendam que todo homem com mais de 50 anos (ou mais de 40 anos, quando existem casos na família) realizem anualmente o toque da próstata, a dosagem no sangue do chamado antígeno prostático específico (PSA), e, quando necessário, o estudo de ultra-som transretal.
Pacientes com tumores restritos à glândula são tratados com cirurgia ou com radioterapia e, quando o tumor estende-se para os tecidos vizinhos ou atinge outros órgãos, costuma-se indicar o tratamento hormonal. A terapia hormonal é também utilizada para poupar o paciente de procedimentos mais agressivos.

Câncer de Pulmão

Entre todos os tipos de câncer, o de pulmão é o mais letal. Isso acontece porque é um tipo da doença que não apresenta sintomas em sua fase inicial. Na maioria dos casos só é descoberto em estágio avançado, quando o paciente apresenta sintomas como tosse diferenciada, tosse com sangramento, falta de ar e dor no tórax.
O tabagismo é o principal fator de risco para câncer de pulmão. Dos casos de câncer diagnosticados, 85% são em fumantes, sendo que dos 15% restantes aproximadamente 5% são fumantes passivos.
Além do tabaco, há outros agentes químicos que afetam principalmente as vias aéreas, que podem levar ao desenvolvimento de um câncer de pulmão, como arsênico, níquel, cádmio, cromo, radônio, asbesto e berílio. Irradiações, antigas lesões pulmonares, hábitos alimentares, fatores genéticos e históricos familiares também podem contribuir.
As pessoas que apresentam os sintomas do câncer de pulmão, geralmente, devem fazer um raio-X do tórax complementado por uma tomografia computadorizada. Para que haja confirmação do diagnóstico é preciso retirar e examinar uma parte do tecido suspeito, ou seja, fazer uma biópsia. A partir da confirmação, é preciso analisar seu grau de avanço para determinar qual o tratamento mais indicado.
Para tumores detectados precocemente, o tratamento com maior probabilidade de cura é a retirada cirúrgica. A quimioterapia é utilizada na maioria dos casos exclusivamente ou combinada com cirurgia. Já a radioterapia é utilizada em poucos casos quando o tumor é pequeno, mas não pode ser retirado cirurgicamente.

Leucemia

A leucemia é a proliferação anormal e desordenada dos leucócitos, células produzidas na medula óssea, prejudicando a produção das outras células do sangue, como glóbulos vermelhos (hemácias) e plaquetas. Nesse sentido, seus principais sintomas são: palidez, anemia, sangramentos no nariz e na gengiva, além do aparecimento de hematomas (equimoses) e de pequenas manchas vermelhas na pele (petéquias). O paciente também pode apresentar febre e infecções, pois apesar de produzir grande quantidade de glóbulos brancos, eles não atuam na defesa do organismo, conforme sua função original.
Existem evidências da maior incidência de leucemia aguda, principalmente mielóide em crianças portadoras do gene de Síndrome de Down. Fatores genéticos, químicos (exposição a substâncias como benzeno e radiação), ambientais (lugares muito poluídos) são elementos estimuladores de diversos tipos de câncer, entre eles a leucemia.
A leucemia se divide em dois grupos:
  • Leucemia linfóide aguda ou linfoblástica - alteração nos linfoblastos (glóbulos brancos imaturos). Um de seus principais sintomas é o aumento (formação de ínguas) dos gânglios, linfonodos, baço e rins. Este tipo da doença é mais comum em crianças (de 3 a 9 anos) e apresenta um bom prognóstico, especialmente quando o diagnóstico é feito precocemente. Em cerca de 80% dos casos o paciente é curado sem que haja reincidência.
  • Leucemia mielóide ou mieloblástica – mais comum em adultos acima dos 35 anos, esse é um tipo mais raro de leucemia e sua probabilidade de cura sem reincidência é menor.
O tratamento varia de acordo com o tipo da leucemia, mas geralmente a principal estratégia contra a doença é a aplicação da quimioterapia sistêmica, que age de forma abrangente, com duração de um a dois anos. Isso porque, mesmo com a aplicação dos medicamentos quimioterápicos, algumas células cancerosas podem não ser atingida nas primeiras aplicações, levando o paciente a ter recaídas.

Linfoma de Hodgkin

É uma neoplasia maligna que tem origem nos linfonodos (gânglios), importantes no combate a infecções. Afeta principalmente homens (60%) entre 20 e 30 anos. Suas principais características são: aumento do tamanho dos linfonodos e hipertrofia (aumento de volume) do baço e muitas vezes do fígado. Também pode haver aumento do número dos leucócitos no organismo, além de anemia, febre constante, sudorese noturna e perda de peso.

Linfomas Não-Hodgkin

Por razões ainda desconhecidas, o número de casos de Linfomas Não-Hodgkin, que incluem mais de 20 tipos diferentes, praticamente duplicou nos últimos 25 anos, especialmente entre pessoas acima de 60 anos.
Segundo o Instituto Nacional do câncer, apesar da causa deste tipo de câncer ainda ser desconhecida, há alguns fatores de risco a serem destacados:
  • Sistema imune comprometido - Pessoas com deficiência de imunidade em conseqüência de doenças genéticas hereditárias, uso de drogas imunossupressoras e infecção pelo HIV, têm maior risco de desenvolver linfomas. Pacientes portadores dos vírus Epstein-Barr, HTLV1, e da bactéria Helicobacter pylori (que causa úlceras gástricas), têm risco aumentado para alguns tipos de linfoma;
  • Exposição Química - Os Linfomas Não-Hodgkin estão também ligados à exposição a certos agentes químicos, incluindo pesticidas, solventes e fertilizantes. Herbicidas e inseticidas têm sido relacionados ao surgimento de linfomas em estudos com agricultores e outros grupos de pessoas que se expõem a altos níveis desses agentes químicos. A contaminação da água por nitrato, substância encontrada em fertilizantes é um exemplo de exposição que parece aumentar os riscos para doença;
  • Exposição a altas doses de radiação.
  • Entre os sintomas, destacam-se o aumento dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha, sudorese noturna excessiva, febre, coceira na pele e perda de peso inexplicada.
    A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, radioterapia, ou com uma combinação de ambas, porém, a imunoterapia está sendo cada vez mais incorporada ao tratamento, isoladamente ou associada à quimioterapia.

Consulte o seu Médico, faça exames preventivos e de rotina, para que seja identificado rapidamente e tenha um diagnóstico precoce!

Ambiente de trabalho adequado!

Confira a seguir as ilustrações comparativas sobre o ambiente de trabalho e o que impacta diretamente uma boa postura física.



”Transtorno de Pânico” ou ”Síndrome do pânico”


O que é
O ”Transtorno de Pânico” ou ”Síndrome do pânico” é um tipo de transtorno ansioso caracterizado por ataques recorrentes de ansiedade de início súbito e duração limitada. Trata-se de um transtorno que acomete mais as mulheres que os homens (até 2 vezes mais), cujo início geralmente ocorre entre os 20 e 25 anos de idade.
Sintomas
Durante os ataques, o indivíduo apresenta um medo abrupto e intenso, acompanhado por pelo menos quatro dos sintomas abaixo:
  • palpitações, taquicardia
  • dor no peito
  • tontura, sensação de que vai desmaiar
  • sudorese
  • sensação de falta de ar ou de sufocamento
  • formigamentos
  • tremores
  • ondas de calor ou frio
  • enjôo ou desconforto abdominal
  • medo de perder o controle ou enlouquecer
  • medo de morrer
  • sensação de que o corpo está estranho ou de que o ambiente está estranho, não familiar
Os ataques podem ocorrer espontaneamente ou em resposta a uma situação específica. Causam muito sofrimento e com freqüência o indivíduo tem a certeza de que está morrendo. Por definição, a intensidade dos sintomas deve atingir o máximo dentro de 10 minutos, e a maioria dos ataques tem duração relativamente curta, de 5 a 30 minutos.
A agorafobia, comumente associada ao Transtorno de Pânico, é definida como o medo de estar em locais ou situações difíceis de sair ou de conseguir ajuda (caso apresente um ataque de pânico). Por exemplo: estar no meio de uma multidão; estar longe de casa sozinho; estar em um congestionamento, túnel ou ponte; viajar de trem, ônibus, automóvel ou avião. Devido ao medo, muitas pessoas passam a evitar locais públicos, elevadores ou até mesmo sair de casa desacompanhadas.
A ansiedade antecipatória é outra característica comum do Transtorno de Pânico, o indivíduo preocupa-se constantemente com a possibilidade de apresentar novos ataques. Este temor o leva a limitar suas atividades, evitando situações desencadeantes ou associadas a ataques anteriores. Por exemplo, se um ataque anterior ocorreu em determinado local, este local passa a ser evitado.
Causas
Existem diversas teorias a respeito das causas desta síndrome, as quais ainda não foram totalmente esclarecidas. Em relação aos aspectos biológicos, há evidências do envolvimento da desregulação dos sistemas da noradrenalina e da serotonina. A genética também parece contribuir para o transtorno, segundo estudos utilizando gêmeos.
Diagnóstico
Devido à intensidade dos sintomas físicos, a maioria dos pacientes procura serviços de emergência (como pronto-socorros) quando apresenta os ataques. Como nenhuma alteração física é encontrada, geralmente estes pacientes deixam o local sem um diagnóstico, o que atrasa o início do tratamento, prolongando o sofrimento do paciente.
Tratamento
O tratamento farmacológico consiste no uso de medicamentos como antidepressivos e benzodiazepínicos. Também pode ser utilizada a psicoterapia; há diversos estudos demonstrando os benefícios do uso da terapia cognitiva comportamental no transtorno de pânico. A psicoterapia psicodinâmica e a terapia de grupo também podem ser utilizadas.


Se você tem estes sintomas, procure a ajuda de um Médico Especialista!

Dor de cabeça - Cefaléia


Cefaléia é um termo técnico que significa dor de cabeça. Trata-se de um sintoma bastante comum, que acomete a grande maioria das pessoas ao longo da vida. Diversas doenças podem levar à cefaléia, geralmente associada a outros sintomas. Entre elas estão infecções, tumores, desordens vasculares, desordens metabólicas, problemas oculares (glaucoma), entre outras.
Existem vários tipos de cefaléia, no entanto, que não são secundárias a nenhuma doença específica e, geralmente, são recorrentes. 
Os tipos mais comuns são a cefaléia tensional e a enxaqueca. Em qualquer caso, a avaliação médica é fundamental para esclarecer a origem da cefaléia e estabelecer o tratamento apropriado.

Cefaléia Tensional

A cefaléia tensional acomete indivíduos de todas as idades, mas principalmente adultos jovens, sendo mais comum em mulheres. Caracteriza-se por dor de intensidade variável, contínua, em aperto, pressão ou peso, envolvendo a cabeça como uma faixa. Pode acometer toda a cabeça, ou ser mais intensa na região posterior, próxima ao pescoço, ou frontal. Chega a durar vários dias seguidos, podendo ser exacerbada por estresse emocional, fadiga, barulho ou luz intensa. Em alguns casos, ansiedade ou depressão estão presentes.
O tratamento pode ser feito com analgésicos comuns, mas medicamentos utilizados para enxaqueca também costumam ser utilizados. Técnicas de relaxamento, como massagens e banhos quentes, geralmente são úteis. Assim como explorar as causas da tensão ou ansiedade.

Enxaqueca

A enxaqueca é um tipo de cefaléia caracterizada por crises de dor intensa, latejante, que geralmente acomete apenas um lado da cabeça (mas pode acometer os dois lados). Embora a enxaqueca possa surgir em qualquer idade, as crises comumente aparecem na adolescência ou início da idade adulta. Alguns sintomas como náuseas, vômitos, intolerância a luz e ao barulho estão frequentemente associados à enxaqueca.
Uma parcela dos indivíduos costuma apresentar sintomas neurológicos um pouco antes das crises chamados “aura”. Os sintomas mais comuns são as alterações visuais como falhas no campo visual, flashes de luz ou pontos luminosos em ziguezague. Outros sintomas como formigamento, fraqueza em uma parte do corpo, e até dificuldade para falar também podem ocorrer, mas são mais raros.
A enxaqueca é mais comum em mulheres e os indivíduos acometidos com freqüência tem familiares com quadros semelhantes. As crises podem durar de horas a dias e podem ser desencadeadas por estresse emocional ou físico, falta ou excesso de sono, jejum, comidas específicas (como chocolate, comidas gordurosas), bebidas alcoólicas (como vinho tinto), privação de cafeína (em indivíduos que costumam consumir grandes quantidades de cafeína), menstruação, exercício físico intenso, exposição a ruídos altos, odores fortes ou temperaturas elevadas.
Durante as crises, muitos pacientes se beneficiam de medidas simples como descansar em um local silencioso e escuro. Os analgésicos simples também podem ajudar se utilizados logo no início dos sintomas, mas com freqüência são necessários medicamentos com vasoconstritores.
Pessoas com crises freqüentes (ao menos duas a três vezes por mês) podem necessitar de um tratamento profilático, ou seja, um tratamento para prevenir novas crises. Existem diversas medicações efetivas para este tipo de tratamento que deve ser feito sempre seguindo orientação médica.

Cefaléia em Salvas

A cefaléia em salvas acomete predominantemente homens de meia-idade. Caracteriza-se por dor muito intensa na região ao redor de um dos olhos, frequentemente acompanhada por congestão nasal do mesmo lado da dor, secreção nasal, lacrimejamento e olho vermelho.
O início da crise geralmente é súbito e muitas vezes ocorre à noite, acordando o indivíduo. Costuma durar menos de 2 horas e melhorar espontaneamente. Os episódios podem ocorrer diariamente por semanas, depois desaparecem por períodos que variam de semanas a meses.
Muitos pacientes relatam que a ingestão de álcool pode desencadear uma crise. Outros relatam que estresse e a ingestão de alimentos específicos também podem precipitar crises.
A inalação de oxigênio (100%) por 15 minutos costuma ser efetiva para o alívio da dor durante a crise. Também pode ser realizado tratamento profilático com medicamentos específicos, sob orientação médica.
Os medicamentos de venda livre podem resolver a maioria dos casos de cefaléia, porém a automedicação é contra-indicada. Ela pode dificultar ou postergar o diagnóstico de alguma doença que pode estar causando a cefaléia e que necessite de tratamento específico.

Procure um Médico Neurologista, caso você tenha os sintomas citados à cima!

Ansiedade


Ansiedade:
O sentimento que nos adverte quando há algo a ser temido, seja ele real ou imaginário. A ansiedade é uma sensação derivada de momentos de preocupação, tensão e apreensão, sentida como antecipação a problemas. É uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, transpiração, entre outras. 

Alguns autores denominam a nossa era como sendo a Era da Ansiedade. Com tanta turbulência, competitividade, dificuldades de relacionamento, consumismo desenfreado, atrocidades, discrepâncias sociais, globalizações, seria praticamente impossível não ser contaminado por esse acontecimento psíquico. Afinal, para ser ansioso, basta ser indivíduo e ter participação ativa na sociedade.

A Ansiedade pode:
1. Ser normal (ex.: um estudante frente a uma situação de exame) ou patológica (ex.: os transtornos de ansiedade).
2. Ser leve ou grave.
3. Ser prejudicial ou benéfica.
4. Ser episódica ou persistente.
5. Ter uma causa física ou psicológica.
6. Ocorrer sozinha ou junto com outro transtorno, como a depressão.
7. Afetar ou não a percepção e a memória.

Principais sintomas:
  • Fadiga
  • Insônia
  • Boca seca
  • Tensão muscular, dores
  • Sensação de ter um “nó” na garganta
  • Dificuldades para relaxar
  • Dificuldades para dormir
  • Leve tontura ou vertigem

Dicas para um dia a dia mais saudável:
  • Tenha horário para trabalhar, descansar e almoçar.
  • Delegue, não centralize tudo em você.
  • Tire as férias uma vez por ano.
  • Não viva de acordo com a expectativa dos outros.
  • Deixe o celular desligado em férias ou no final de semana.
  • Respeite seus limites pessoais.
  • Tenha um hobby.
  • Não leve trabalho para casa.
  • Curta sua família.
  • Não seja exigente consigo mesmo.
  • Tenha uma alimentação saudável.

Alguns alimentos que agem como auxiliares no controle da ansiedade:
  • Alface 
    Rica em fosfato, ameniza a irritação. Contém lactucina, elemento calmante.

  • Laranja 
    Rica em vitamina C, cálcio e vitaminas do complexo B, auxilia o sistema nervoso a trabalhar adequadamente. O ideal é consumir a laranja com o bagaço, que é rico em fibras.

  • Maça 
    Consumida com casca, é rica em fibras, além de conter carboidratos, vitaminas A, B, B1, B2, B6, C, minerais, zinco, magnésio e selênio. Tem efeito relaxante e atenua a ansiedade.

  • Mel 
    Favorece a produção de serotonina, neurotransmissor que controla as mudanças de humor.

  • Ovos 
    Dois ovos por semana ajudam bastante a combater a apatia, ansiedade e a perda de memória.


Se persistirem os sintomas, o Médico Psiquiatra deverá ser consultado!

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Calcule o seu IMC (Índice de Massa Corpórea).


O IMC - É um indicador criado pela Organização Mundial da Saúde que serve para definir, de maneira simples, se um indivíduo está no seu peso ideal, com sobrepeso ou sofrendo de obesidade. De maneira simples, sim, pois o IMC deixa de lado diversos aspectos relevantes para a obesidade e equaciona apenas altura e peso para demonstrar seu resultado. Essa simplificação faz com que alguns indivíduos apresentem resultados não condizentes com a realidade. Pessoas que possuem músculos muito bem trabalhados e definidos, por exemplo, pode apresentar um IMC de obeso ao aplicarem a fórmula, simplesmente pelo fato de músculos serem mais pesados que gordura. Isso, portanto, não tira a credibilidade e a funcionalidade do cálculo do IMC. Apenas restringe a sua margem de atuação.
Para que serve então esse indicador? O IMC serve apenas para dar uma ideia do tipo de tratamento que se pode buscar, da condição que a pessoa se encontra quanto ao seu peso, algo que pode ser levado em consideração em conjunto com outros fatores, nunca de maneira isolada.
                                                      Fórmula: IMC = peso / (altura)2                 
~ A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou uma tabela que mostra a média de peso ideal e suas variações (se altos ou baixos). Veja:



domingo, 2 de dezembro de 2012

HEPATITE VIRAL

Definição:
Infecção hepática comum que causa destruição, necrose e autólise de células hepáticas.
Os tipos principais diferenciam-se pelo vírus causador e pela forma de transmissão:
TIPO A (altamente contagiosa; em geral, resulta da ingestão de alimento ou água contaminados).
TIPO B (dissemina-se pelo contato com sangue, secreções e fezes contaminados).
TIPO C (doença hematogênica associada ao compartilhamento de agulhas e a transfusões sanguíneas).
TIPO D (associada a viagem recente pera áreas endêmicas).

Causa:
Infecção pelo vírus desencadeados.

EFEITO DA HEPATITE VIRAL SOBRE O FÍGADO
Ao entrar no corpo, o vírus mata diretamente hepatócitos ou ativa reações inflamatórias e imunes que os lesam ou destroem por meio da lise das células infectadas ou adjacentes. Depois, anticorpos diretos que atacam os antígenos virais causam mais destruição das células infectadas. O edema e a tumefação do interstício acarretam colapso de capilares, diminuindo o fluxo sanguíneo e causando hipoxia tecidual, cicatrização e fibrose.

Estágio Prodrômico:
Alterações fisiopatológicas:
Efeitos sistêmicos da inflamação - Fadiga, mal-estar, artralgia, mialgia, febre.
Anorexia - perda de peso discreta.
Inflamação hepática - Náuseas e vômitos, alterações nos sentidos do paladar e do olfato, sensibilidade no quadrante superior direito.
Urobilinogênio - Urina escura.
Bile diminuída no trato GI - fezes cor de barro.


Estágio clínico:
caracteriza-se por agravamento de todos os sintomas do estágio prodrômico, bem como os seguintes:
Aumento da bilirrubina no sangue - prurido, icterícia.
Inflamação hepática contínua - Dor ou sensibilidade abdominal.

Estágio de recuperação:
Caracteriza-se por diminuição dos sintomas e retorno do apetite.



Intervenções:
Repouso - para minimizar as demandas de energia.
Evitar álcool ou outras drogas - para prevenir mais dano hepático.
Modificação dietética (pequenas refeições ricas em calorias) - para combater a anorexia.
Nutrição parenteral (se o paciente não puder comer devido aos vômitos persistentes) - para manter o estado nutricional adequado.
Vacinação contra hepatites A e B - para fornecer imunidade.
Precauções entéricas (ao cuidar de pacientes com hepatites A ou E) - para prevenir a disseminação da infecção.
Suplementos vitamínicos e alimentares - para melhorar o estado nutricional.

Ficha Catalográfica: Fisiopatologia básica/ [Susan E. Antczak... et al. ; tradução Ana Karine Ramos Brum], - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005
Tradução de: Pathophysiology
Apêndice
Inclui bibliografia
ISBN 85-277-1016-1
1.Fisiologia. 2. Enfermagem. I. Antczak, Susan E.