quinta-feira, 15 de março de 2012

Fatores que influenciam a cicatrização

Fatores locais:
  • Isquemia: Pode causar apoptose de células endoteliais e disfunção de neutrófilos e fibroblastos. A resposta da célula endotelial à hipóxia persistente é a apoptose induzida por FNT-a.
  • Infecção: Não ocorre cicatrização se a contagem de bactérias por grama de tecido exercer 10. Bactérias prolongam a fase inflamatória e interferem na epitelização, contração e deposição de colágeno.
  • Corpo estranho: Prolonga a fase inflamatória, obstáculo físico para a cicatrização, além de servir como ambiente de crescimento de bactérias.
  • Edema: Pressão tecidual elevada: Causam hipóxia tecidual.

Fatores sistêmicos:
  • Desnutrição: Desnutrição grave prejudica a cicatrização (albumina < 2,5). Pacientes desnutridos graves que necessitam de operação de urgência precisam de um curto período de nutrição pré-operatória para aumentar a cicatrização, apenas em casos de desnutrição aguda.
  • Diabetes Mellitus: Efeitos deletérios da hiperglicemia na fisiologia molecular e celular. Cicatrização com menor quantidade de tecido de granulação e colágeno, além de defeitos na maturação do colágeno. O controle agressivo da glicose sanguínea durante o período peri-operatório é essencial.
  • Hipotireoidismo: Cicatrização mais demorada.
  • Idade: Cicatrização demorada devido a presença insuficiente de fatores de crescimento.
  • Disfunção intestinal: Translocação bacteriana, sepse e aumento do estresse oxidativo.
  • Sepse: Atividade leucocitária e resposta inflamatória comprometidas. Nas infecções de feridas por micro-organismos  Gram-negativos ou em choque séptico o tecido de granulação não é formado ou pode ser destruído em excesso.
  • Insuficiência Hepática: Diminuição dos fatores de coagulação, diminuição das plaquetas plasmáticas e da atividade bactericida podem prejudicar a cicatrização.
  • Insuficiência respiratória: Hipóxia tecidual.
  • Tabagismo: Leva a um estado de hipóxia crônica e vasoconstricção. É muito importante a interrupção do uso do cigarro. Níveis de carboxiemoglobina devem ser determinados para garantir que  paciente interrompeu o  uso do cigarro.
  • Quimioterapia: Radiação ionizante: Perfusão inadequada, diminuição da deposição da matriz extra-celular. Comprometimento da imunidade, aumento da suscetibilidade à sepse e disfunção no reparo tecidual.
  • Corticosteroides: Inibem todas as fases da cicatrização, e esses efeitos inibitórios são potencializados pela desnutrição.

Fonte: Manual de Clínica Cirúrgica/editor Julio Cezar Coelho - SP - 2009

Doença Aneurismática


O aneurisma é uma dilatação e enfraquecimento da parede da aorta abdominal ou torácica que ao romper pode ser fatal.
Mais frequente em pessoas hipertensas e acima dos 60 anos, a doença deve ser cuidadosamente acompanhada e tratada pelo médico.

Diagnóstico:
Os aneurismas abdominais e torácicos são diagnosticados em tomografias, ressonâncias e algumas vezes pelo raio-x simples. São facilmente identificados através de ultra-som.

Pequenos aneurismas:
Até 4cm de diâmetro e assintomáticos, devem ser acompanhados com observação pelo médico.

Médios aneurismas:
Entre 4 e 5cm e assintomáticos, são ou não tratados dependendo dos fatores de risco e expectativa de vida do paciente.

Grandes aneurismas:
Mais de 5cm ou com rápido crescimento, mais de 5mm em 6 meses, devem ser corrigidos.

Tratamento:
A indicação do tratamento dos aneurismas baseia-se fundamentalmente no tamanho e nas complicações apresentadas. Pode ser realizado por cirurgia convencional ou por cirurgia endovascular, minimamente invasiva com implante de endoprótese.

Vantagens da cirurgia Endovascular:
Recuperação mais rápida, menos tempo de hospitalização, pequenas incisões, menos invasivo, permite tratamento para pacientes em alto risco cirúrgico.




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domingo, 11 de março de 2012

ATEROSCLEROSE - O depósito de colesterol nas artérias

Esta patologia pode acometer qualquer artéria do nosso corpo. Quando isso acontece nas artérias carótidas que nutrem o cérebro, podemos desenvolver um AVC - Acidente Vascular Cerebral.

Sinais e sintomas:
Pelo fato de ser uma patologia silenciosa, muitas vezes o 1º sintoma já é um AVC.

Fatores de risco:
  • Tabagismo
  • Diabetes
  • Hipertensão arterial
  • Sedentarismo
  • Dislipidemia - (colesterol e triglicérides em níveis altos)
Diagnóstico:
A realização de exames de imagens pode detectar a doença precocemente:
  • Ecocolor dopple (Ultra-som vascular)
  • Angioressonância magnética
  • Tomografia computadorizada
  • Arteriografia digital
Tratamento:
A doença das carótidas pode ser tratada clinicamente, por cirurgia tradicional ou endovascular - angioplastia com colocação de stent.


Vantagens da Cirurgia Endovascular:
  • Procedimento minimamente invasivo
  • procedimento sem incisões
  • Rápida recuperação*
  • Menor tempo de hospitalização
  • Menos risco de infecção
  • Permite que o paciente sem condições clinicas para cirurgia convencional, sejam tratados.
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